Beleza da Imperfeição – Wabi Sabi

ARTE DA RESILIÊNCIA

Wabi Sabi vem da filosofia japonesa e nos fala sobre a beleza da transitoriedade da vida.

 

Wabi Sabi

Isto vem de encontro ao movimento ocidental e sua busca implacável pela beleza clássica, numa estética herdada dos gregos que tem base na simetria, na perfeição, na juventude.
Seguindo no sentido oposto, Wabi Sabi valoriza a imperfeição, a beleza das mudanças trazidas pelo crescimento, pela sabedoria adquirida, pelas marcas deixadas pelo tempo.
O conceito pode ser aplicado em vários aspectos da vida, e desta forma ele surge como um alívio para a busca frenética pela ostentação, deixando de lado o exagero e dando lugar a beleza simples do feito a mão, das peças desgastadas pelo uso ou herdadas da família. Seu significado: resiliência, leveza e a beleza camuflada nas pequenas coisas.
Trata-se da aceitação da transitoriedade, dos ciclos naturais de crescimento e decadência. Da simplicidade, profundidade e autenticidade! Celebra as marcas que o tempo deixa, e nos convida a amar tais marcas, nos relacionarmos positivamente com elas. Lembra-nos o quanto somos transitórios, que nosso corpo e tudo ao nosso redor voltará ao pó de que foi feito um dia.

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Nada dura
Nada é completo
Nada é perfeito 

Não tem como falar sobre Wabi Sabi sem falar de Kintsugi ou Kintsukuroi, que significa “emenda de ouro” em japonês. Trata-se da arte de reparar peças quebradas, em cerâmica ou laca, com uma mistura de resina que leva ouro, prata ou platina em pó. O reparo com esta resina desenha na peça a sua imperfeição fazendo dela um caminho dourado,  transformando-a numa beleza ímpar, valorizando sua história. 

Há técnicas em que os reparos e emendas são feitos com grampos, recebendo ou não a camada dourada de resina, ou ainda que se utilizem partes de outras peças cerâmicas, de outras cores, acrescentando às peças ainda mais história e exclusividade.

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Exemplos em que o conceito de Kintsugi alteram o design, propondo questionamentos. 

Ao transportar tais conceitos para a arquitetura e decoração, precisamos identificar nosso Beutiful Decay. Qual parte de nossa elegância discreta, simplicidade e quietude iremos explorar? Seriam as riscos nos batentes das portas e janelas, pois nos lembram nossos filhos crescendo? Seriam as louças que iremos manter mesmo que rachadas e ímpares, e que iremos comprando outras diferentes e agora temos uma de cada coleção?  Ou seria aquela foto que vai desbotando, mas que não iremos tirar da parede e nem mandar fazer outra? Wabi Sabi é uma forma de perceber o que faz de nossa casa um lar, e nos livra nas neuras de querer tudo perfeito, aos pares, asséptico. Não vamos dizer que não vá doer na alma deixar um amassado naquela cadeira linda, mas, se não prejudica sua funcionalidade e não puxa o fio da meia calça de suas convidadas, deixe como está e celebre com seus amigos, afinal você comprou cadeiras para melhor recebê-los! 

Ao assumir matérias-primas como couro e madeira, estamos nos propondo a produtos orgânicos, e que continuarão a mudar ao longo dos anos. 

Não podemos confundir Wabi Sabi com estilos de decoração Shabby Chic, Kitsch, Oriental ou Minimalista. Wabi Sabi não é um estilo de decoração, é uma filosofia. Tem a ver com nossa estética pessoal, o do que é importante para cada um como história, apenas isto fará da sua casa um lar!

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