Into de Wild and Urban Jungle!

Desde que a Pantone lançou o Greenery como a cor do ano 2017, a busca por termos como Urban Jungle e Indoor Jungle cresceu mais de 300% no Pinterest e no Google. A busca por ambientes mais acolhedores e frescos atingiu em cheio a cabeça dos Young Millenials (nascidos entre 1984 e 1995), jovens conectados, mas que tiveram uma infância desconectada. É um público interessado em sustentabilidade, aproveitamento de materiais, em meditação e relaxamento, alimentação saudável, atividades de baixo impacto ao planeta e facilmente optam por viagens e experiências ao invés de acumulo de bens e marcas! Se identificou?

Este perfil atento com o bem-estar, seja físico ou mental, reflete uma necessidade de conexão com elementos da natureza, descompressão e vivência num ambiente fresco, arejado e estimulante para recarregar as energias!

Texturas, alturas, volumes e desenhos devem ser considerados na escolha.

Nesta fuga das selvas urbanas, surge o conceito de Urban Jungle. Nascido nos grandes centros como NY e Londres, cidades de inverno rigoroso e onde o metro quadrado custa muito, muito caro, apartamentos sem varandas, casas sem quintais. O conceito consiste em transformar pequenos espaços dentro dos apartamentos em recantos de descanso e contemplação. Desta forma, considerando o pouco acesso ao sol, a Urban Jungle é composta de plantas de sombra, folhagens repletas de texturas, desenho e cores.

A composição combinando plantas de diversas alturas, algumas com maciços crescendo para cima, como a espada de São Jorge e a zamioculca, outras caindo em cascatas como a samambaia, dinheiro- em- penca, algumas palmeirinhas como palmeira ráfia e volumes como a costela de adão, folhas repletas de grafismos coloridos, como as begônias e peperômias forma um conjunto de espetacular e rara beleza. A construção de um horizonte interessante ao olhar pode ser criado usando o apoio de bancos, escadas, prateleiras ou colocando as plantas diretamente no chão, desta forma imitamos a diversidade de uma pequena e particular floresta.

Ter a sua Urban Jungle além de comprovadamente proporcionar efeito terapêutico, ajuda a melhorar a umidade e a qualidade do ar de sua casa através da filtragem do gás carbônico e sua transpiração. Além disso, várias plantas absorvem elementos químicos nocivos presentes no ar, como formaldeídos, benzeno e monóxido de carbono.

Não confunda uma Urban Jungle com uma varanda repleta de flores ou uma hortinha na cozinha. Tanto as flores quanto as hortas necessitam de sol pleno. E as Urban Jungles são um conjunto de plantas de sombra, ou seja, elas podem crescer em qualquer cômodo da casa, mesmo sem sol. Mas nunca sem luz!

Sombra, meia sombra e sol pleno?

Indo direto ao ponto, as plantas de sol pleno são as que necessitam de quatro ou mais horas de sol. Plantas de meia sombra gostam de luminosidade abundante e sol suave, aquele antes das 10h e após as 17h. As plantas de sombra necessitam apenas de luminosidade. Algumas até gostam de locais mais escondidinhos, na sombra de outras plantas. Mas escuridão mesmo, nenhuma planta gosta. E não esqueça de ventilar o local.

Não me afogue, por favor!

Não podemos afirmar que devemos regar a planta a cada dois dias ou uma vez por semana. Isto varia muito de acordo com a umidade do ar, qualidade da terra, tamanho do vaso, idade da planta!  Mas você pode começar regando bem pouco, por exemplo ¼ de xicara de água em toda superfície de um vaso pequeno, por exemplo. Espere alguns minutos e se houver água escorrendo pelo furo do vaso, molhando o pratinho, está na hora de parar de colocar água. A ideia é não deixar água acumular no pratinho e nem encharcar a terra. Caso passe quase meia hora e nenhuma gota de água surja no pratinho, molhe com mais ¼ de xicara. Anote o quanto de água colocou nesta rega e observe diariamente a umidade da terra e o viço das folhas! Anote quantos dias levará até sentir a terra seca e assim saberá que está na hora de regar novamente. Siga a quantidade anotada da última rega e repita os prazos anotados. Observe e anote por cerca e 1 mês, até ter certeza da quantidade e frequência adequados.

O horário das regas também interfere na qualidade da planta, no verão, regue a noite para o sol não evaporar a água da terra e no inverno, regue durante o dia, para não gelar ou umedecer demais a planta.

Vasos, vasinhos, gamelas, cachepots?

Esta é uma questão importante pois além de possuir uma relação com o seu décor, ele precisa ser adequado a planta e a superfície da sua casa. Vemos em belíssimos editoriais de revistas, vasos acomodados em cima de moveis de madeira, livros e cadeiras. Mas dá aquele medo de manchar e prejudicar nossa coleção. A distinção entre o vaso e cachepot vai te ajudar a entender.

O vaso é o recipiente em que plantamos a raiz da planta (sem tirar o torrão, please­!), e a terra com adubo, também conhecido como substrato. Ao adquirir um vaso, visite uma loja especializada e busque somente vasos impermeabilizados –  sim, existem vasos sem este tratamento e ele acaba absorvendo parte da água da rega, tirando a credibilidade do seu controle de quantidade de água para a planta, além de ficar esverdeado e úmido por fora.

Todo vaso deve ter um furo em baixo para que a água das regas possa ser drenada e não encharcar a raiz da planta,  que pode ocasionar fungos e matá-la. Por isso, elimine qualquer água do pratinho. Então, se não for pelo amor ás plantas que podem morrer afogadas, que seja pelo amor a seu móvel, regue com parcimônia!

Inspire-se nestas sugestões!

Cachepot de cestaria em alta! Tramas e grafismos em tons naturais, levam a mensagem de reconexão.

Cestos para você dar um toque étnico em seu décor! 

As cerâmicas de Eleuthério Netto, inspiradas nas texturas da natureza, como das seringueira e palmeiras, dão charme nas composições minimalistas. Irreverência em cerâmicas que mimetizam pacotes coloridos. A cerâmica marmorizada com efeito opaco é minimalista e dá destaque á planta. A cerâmica em terracota, feito á mão em design tradicional com desenhos de pinturas rupestres, destacam a sensação agreste que contrapõe o verde abundante ao seu redor.

Podemos encontrar cachepots de diversos materiais como tramas manuais, cestas, madeira, plástico, cerâmica, barro, vidro, acrílicos, metal, entre tantos! Eles não possuem o orifício de drenagem que os vasos têm!  E você deve atentar quanto a permeabilidade do material e seu tamanho em relação ao vaso que irá colocar dentro. Caso o vaso fique pequeno dentro dele, sobrando espaço, encaixe pedrinhas para segurá-lo em pé.

Em relação a proporção, você não errará ao destinar cachepots baixos para plantas pequenas, estreitos para plantas estreitas. E grandes para plantas amplas. Novamente considere como cada planta ficará quando crescer, avalie seu diâmetro e a necessidade de espaço para suas raízes. Brincar com os volumes entre os cachepots é bem interessante, mas cuide com a gravidade, plantas volumosas em vasos ou cachepots estreitos certamente resultarão em queda.

E charme art deco dos cachepots em vidro e grafismos!

Então, eu comprei o vaso, a planta e o cachepot… e agora?

Você vai colocar terra diretamente no vaso, esfarelar o torrão, regar e pronto!

Não!!!

Primeiro, você precisa preparar o fluxo de drenagem da água das regas. Comece pelo vaso, colocando uma camada telhas quebradas, algumas pedras, ou argila expandida, sempre um pouco maiores que o furo para não saírem por alí. Por cima desta camada de cacos que chamamos de dreno, coloque uma camada manta geotêxtil, também conhecida como manta de bidim, que servirá como uma rede que segurará as próximas camadas onde elas estão.

Em cima da manta geotêxtil, coloque a terra adubada, uma camada grossa. Então coloque o torrão com raiz, sem desmanchá-la, e envolva-o com a terra adubada até 1cm antes da borda. Aperte delicadamente e certifique-se que a planta não penda para nenhum lado por conta de seu peso.

Perceba que as camadas de drenagem de cacos, pedriscos e manta são essenciais para que a terra e os substratos não sejam eliminados através do orifício do vaso. Desta forma, escoará apenas a água em excesso. Você também pode substituir esta manta geotêxtil por uma camada bem grossa de areia.

Agora, cuidado com o peso!

Nós sabemos que a empolgação toma conta e é natural querer um vaso com uma árvore ou floresta inteira dentro de casa, não é?  Tenha atenção quanto ao peso do conjunto. Calcule para não sobrecarregar a estrutura da laje, coloque no máximo 100 kg por metro quadrado.

“Os jardins devolvem às pessoas o verde que a cidade lhes roubou”.

Burle Marx

Separamos 6 sugestões plantas fáceis de cuidar, para você começar ainda hoje!

São plantas de sombra, que você encontra em qualquer loja ou até em supermercados!

O ser humano foi programado para amar tudo o que é vivo. Assim podemos entender a necessidade de estarmos cercados por vida!  Memórias, plantas, trabalhos manuais, elementos da natureza, madeira, cerâmica, tecidos feitos a mão, fotos de pessoas que amamos, pets, tudo tem relação com a nossa busca por reconexão.

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